quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Aleivosias; Ou: Da manifestação #contraoaborto

A última pesquisa Vox Populi demonstrou que a maioria esmagadora do povo brasileiro (82%) é contrário ao aborto. Entre os entrevistados, o grupo das mulheres apontou uma rejeição ao aborto maior que o grupo dos homens. Ainda assim, a presidente Dilma escolheu para ocupar o Ministério de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, uma ferrenha defensora da matança de bebês nascituros. Uma defensora que concebe a prática do aborto como de livre escolha, sem qualquer amarra ética, moral ou humanitária. Uma legítima abortista entronada no mais alto posto representativo das mulheres desta república.

Durante sua candidatura a presidente enfrentou críticas de que seria favorável ao aborto e, para isso, mobilizou um verdadeiro pelotão para desmentir tal versão. Buscou apoio de algumas lideranças católicas e evangélicas que prontamente chancelaram em suas declarações. Ela mesma se declarou católica e foi enfática ao afirmar que era contra o aborto.

Segundo a imprensa, a presidente indicou Eleonora Menicucci por ter sido sua companheira de luta armada durante a ditadura militar. Ora, então seria mais condizente que lhe arranjasse uma ocupação nas forças armadas, embora, por lá, a morte seja justificada por motivos mais nobres. Perdoem-me os partidários da presidente, mas, ao nomear Eleonora Menicucci para ocupar a pasta ministerial da Secretaria das Mulheres, não encontro outra palavra para qualificar sua atitude – entre todas que melhor podem traduzi-la – senão chamá-la de cínica.

Pois bem. Ontem, o povo católico – e creio, também, nossos irmãos evangélicos – se mobilizaram na rede social do twitter lançando a tag #contraoaborto. Foi uma resposta no melhor estilo cristão: sem ofensas ou impropérios. Porém, visou demonstrar com toda clareza a insatisfação dos cristãos brasileiros a esse aceno desleal de nossa dirigente em direção àqueles que pregam a cultura da morte nas políticas públicas voltadas para as mães e seus bebês nascituros.

Encerro. Embora a presidente tenha impingido uma derrota pontual – mas grave! – àqueles que lutam diariamente em prol da vida, isso não deve ser motivo para nos tirar a esperança. Cristão que é cristão, não enverga, mesmo na dor. Ainda que venha a sofrer, ele é capaz de lançar sobre esse sentimento um olhar de oportunidade; como se estivesse ali em favor de sua redenção; de seu resgate junto a Deus. Só um cristão é capaz de se alimentar da própria dor na convicção certeira de seu livramento.



Por Mino Neto





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